28.6.12

pessoas destrutivas



Notas de um observador:
Existem milhões de insetos almáticos. Alguns rastejam, outros poucos correm. A maioria prefere não se mexer. Grandes e pequenos, redondos e triangulares, de qualquer forma são todos quadrados. Ovários, oriundos de variadas raízes radicais. Ramificações da célula rainha. Desprovidos de asas, não voam nem nadam. Possuem vida, mas não sabem. Duvidam do corpo, queimam seus filmes e suas floras. Para eles, tudo é capaz de ser impossível. Alimentam-se de nós, nossa paz e ciência. Regurgitam assuntos e sintomas. Avoam e bebericam sobre as fezes. Descansam sobre a carniça, repousam-se no lodo, lactobacilos vomitados sonhando espermatozóides que não são. Assim são os insetos interiores.
A futilidade encarrega-se de maestra-los. São inóspitos, nocivos, poluentes. Abusam da própria miséria intelectual, das mazelas vizinhas, do câncer e da raiva alheia. O veneno se refugia no espelho do armário. Antes do sono, o beijo de boa noite. Antes da insônia, a benção. Arriscam a partilha do tecido que nunca se dissipa. A família. São soníferos, chagas sem curas. Não reproduzem, são inférteis, infiéis, invertebrados. Arrancam as cabeças de suas fêmeas, cortam os troncos, urinam nos rios e nas somas dos desagravos, greves e desapegos. Esquecem-se de si. Pontuam-se. A cria que se crie, a dona que se dane. Os insetos interiores proliferam-se assim: na morte e na merda.
Seus sintomas? Um calor gélido e ansiado na boca do estômago. Uma sensação de... "o que é mesmo que se passa?" Um certo estado de humilhação conformada o que parece bem vindo e quisto. É mais fácil aturar a tristeza generalizada que romper com as correntes de preguiça e mal dizer. Silenciam-se no holocausto da subserviência, o organismo não se anima mais. E assim, animais ou menos assim, descompromissados com o próprio rumo. Desprovidos de caráter e coragem, desatentos ao próprio tesouro...caem. Desacordam todos os dias, não mensuram suas perdas e imposturas. Não almejam, não alma, já não mais amor.
Assim são os insetos interiores.

(O Teatro Mágico)

Essa "música" d'O Teatro Mágico diz exatamente o que eu queria dizer sobre algumas pessoas... são as PESSOAS DESTRUTIVAS.

Existem pessoas que tem o dom de tentar nos "destruir". Elas chegam de mansinho, apresentam-se como pessoas que nos 'amam', ou como pessoas amigas-que-querem-nosso-bem. Chegam assim, sem apresentar pretensão alguma, ou nenhuma intenção visível de nos fazerem mal. São falsas, fingem tão bem que poderiam ganhar a vida facilmente sendo atores/atrizes. E nós, pessoas sinceras e, diga-se de passagem, ingênuas, acabamos caindo em suas graças. Agem em nossos momentos mais "frágeis" como 'ombros amigos', nos trazendo uma falsa sensação de paz.
Mas no fundo, o que elas querem, única e exclusivamente, é nos fazer pagar o pato, nos fazer de bobas, para apenas satisfazer seus desejos obscuros de maldade.
Às vezes, essas pessoas destrutivas nem sempre querem mesmo destruir. Às vezes fazem sem querer, sem segundas intenções. Mas na maioria das vezes, não é bem assim.
O que podemos fazer para nos livrar desse tipo de pessoa? Cortar relações, deletar de nossos mundos e de nossas redes sociais, fazer o possível para esquecer as experiências ruins que nos trouxeram e, enfim, viver em uma verdadeira paz.
Tô a ponto de fazer uma campanha contra pessoas destrutivas ;D

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